O nome “Escola Clássica” é
motivado por conta de seus seguidores terem criado e estruturado as bases do
pensamento administrativo na época da revolução industrial, seus processos de
produção e a burocracia das organizações para gerar menos desperdício, sendo os
primeiros a produzir trabalhos à partir de suas experiencias, fazendo-se investigar
como solucionar os problemas do processo de produção que haviam mudado
radicalmente. Durante essa transição houve um grande crescimento das
indústrias, o que exigiu o desenvolvimento de novas concepções dos métodos
administrativos.
O Padrão Universal que revelava a
função dos administradores se deu na França por Fayol, que foi influenciado
pelas limitações da administração pública, ele foi o pai da Teoria Clássica.
Por toda sua vida Fayol desenvolveu de forma constante o aperfeiçoamento
da administração. No final de sua vida, Fayol, fundou o Centro de Estudos Administrativos, que posteriormente se fundiu com a Conferência Francesa,
gerando o Comitê Nacional da Organização Francesa, a organização mais notável
quando o assunto é Estudo da Administração. Na visão de Fayol o homem era um
ser racional, desde que tomasse uma decisão, sabendo o curso das ações e suas
consequências. Para os administradores e para os engenheiros competia
determinar as regras, para os operários somente deveriam obedecer.
O surgimento da Administração Científica e o estudo da operação das linhas de montagens móveis se deu nos
Estados Unidos da América, com Taylor, surgindo em uma conjuntura de grande expansão
da produção industrial na iniciativa privada, regulando o fornecimento de produtos e serviços nos ramos público e privado. Taylor
estudou, por exemplo, quanto tempo uma pessoa demora para completar uma tarefa,
estabelecendo um padrão para a remuneração e forçando o trabalhador a produzir
mais para ter um salário razoável, foi o Estudo Sistemático e Científico do Tempo, assim ele identificava qual a melhor maneira de executar a tarefa, eliminando o esforço e movimentos despropositados. Taylor estudou também a
diferença entre o homem médio e o homem de primeira classe, em um estudo
conhecido como Shop Management, em que o homem de primeira classe executava seu
serviço sem desperdício de tempo, enquanto o homem médio perdia tempo em sua
tarefa. Com esse estudo foram se padronizando as ferramentas de trabalho que
embasaram a Administração Científica. Assim foram criados os Princípios de Planejamento, os Princípios de Preparo dos Trabalhadores, os Princípios de Controle e os Princípios de Execução.
As Organizações Formais e o Tipo Ideal de Burocracia foram exemplificados por Max Weber, dividindo a
administração em sete princípios fundamentais. A Formalização consistia em
manifestar por escrito cada atividade de uma organização. A Divisão do Trabalho
consistia em estabelecer um cargo para cada função. A Hierarquia consistia em
estabelecer a função hierárquica que cada cargo tem em relação a outro. A
Impessoalidade consistia na definição de que cargo e pessoa são coisas
distintas. A Competência Técnica consistia na escolha da pessoa que ocupava o
cargo, obedecendo os requisitos técnicos e capacidades para a execução de cada
tarefa. A Separação Entre Propriedade e Administração consistia em delimitar a
propriedade dos donos e dos administradores da organização, fazendo com que os
meios de produção não fossem encarados como suas posses pessoais e sim pertencentes
à organização. E a Profissionalização do Funcionário consistia em determinar
que o funcionário conhecesse todos os conceitos anteriores. Para Weber a Administração Burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação,
possibilitando o exercício da autoridade e a obtenção de obediência.
Estudando a Escola Clássica,
temos a visão das bases iniciais da administração moderna, nos mostrando o quanto esses
estudiosos eram atemporais em suas concepções. A Escola Clássica defendia a
organização formal. Não deixando de entender que a Escola Clássica era
fundamentada na mecânica impessoal, na produção de regras e seus regulamentos,
o foco era no trabalho e nas necessidades econômicas dos trabalhadores,
tentando maximizar as recompensas, baseando-se na ordem e na racionalidade. Ou
seja, Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar (POCCC). Essa visão
de trabalhador como uma peça, uma máquina de trabalho, da organização acabou
produzindo a alienação no trabalho e insatisfação dos trabalhadores.
Fontes:
Adriane Dalmolin, Ercilia Teresio
de Oliveira, Taís Suzani Zucco, Liliane Canopf, Nayara Caroline Almeida Lora –
Teoria Clássica da Administração e sua utilização na Administração Moderna
http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/SysScy/article/viewFile/103/38
Filipe Bezerra – Escola Clássica
da administração Científica
https://www.portal-administracao.com/2013/12/escola-classica-administracao-cientifica.html
Alexandre Porto – Introdução à
Escola Clássica de Administração Científica
https://administradores.com.br/artigos/introducao-a-escola-classica-de-administracao-cientifica
Mariana Lorenzo – Escola Clássica
da Administração
https://marianaideiasforadacaixa.files.wordpress.com/2011/04/escola-clc3a1ssica-da-administrac3a7c3a3o.pdf
Colunista Portal Educação – Comparação
entre as Escolas Clássicas e das Relações Humanas
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/comparacao-entre-as-escolas-classicas-e-das-relacoes-humanas/44123
Antonio Cesar Amaru Maximiano – A
importância da Escola Clássica da Administração
https://gennegociosegestao.com.br/escola-classica-da-administracao-importancia/
Tiago Leal – Teoria Clássica da
Administração segundo Henri Fayol
https://administradores.com.br/artigos/teoria-classica-da-administracao-segundo-henri-fayol
Waltter Júnior – Abordagem
clássica da administração
https://www.estudoadministracao.com.br/ler/18-11-2014-abordagem-classica-idalberto-chiavenato-administracao-publica/