terça-feira, 27 de agosto de 2019

História do Pensamento Administrativo – A Escola Clássica e Seus Seguidores



O nome “Escola Clássica” é motivado por conta de seus seguidores terem criado e estruturado as bases do pensamento administrativo na época da revolução industrial, seus processos de produção e a burocracia das organizações para gerar menos desperdício, sendo os primeiros a produzir trabalhos à partir de suas experiencias, fazendo-se investigar como solucionar os problemas do processo de produção que haviam mudado radicalmente. Durante essa transição houve um grande crescimento das indústrias, o que exigiu o desenvolvimento de novas concepções dos métodos administrativos.

O Padrão Universal que revelava a função dos administradores se deu na França por Fayol, que foi influenciado pelas limitações da administração pública, ele foi o pai da Teoria Clássica. Por toda sua vida Fayol desenvolveu de forma constante o aperfeiçoamento da administração. No final de sua vida, Fayol, fundou o Centro de Estudos Administrativos, que posteriormente se fundiu com a Conferência Francesa, gerando o Comitê Nacional da Organização Francesa, a organização mais notável quando o assunto é Estudo da Administração. Na visão de Fayol o homem era um ser racional, desde que tomasse uma decisão, sabendo o curso das ações e suas consequências. Para os administradores e para os engenheiros competia determinar as regras, para os operários somente deveriam obedecer.

O surgimento da Administração Científica e o estudo da operação das linhas de montagens móveis se deu nos Estados Unidos da América, com Taylor, surgindo em uma conjuntura de grande expansão da produção industrial na iniciativa privada, regulando o fornecimento de produtos e serviços nos ramos público e privado. Taylor estudou, por exemplo, quanto tempo uma pessoa demora para completar uma tarefa, estabelecendo um padrão para a remuneração e forçando o trabalhador a produzir mais para ter um salário razoável, foi o Estudo Sistemático e Científico do Tempo, assim ele identificava qual a melhor maneira de executar a tarefa, eliminando o esforço e movimentos despropositados. Taylor estudou também a diferença entre o homem médio e o homem de primeira classe, em um estudo conhecido como Shop Management, em que o homem de primeira classe executava seu serviço sem desperdício de tempo, enquanto o homem médio perdia tempo em sua tarefa. Com esse estudo foram se padronizando as ferramentas de trabalho que embasaram a Administração Científica. Assim foram criados os Princípios de Planejamento, os Princípios de Preparo dos Trabalhadores, os Princípios de Controle e os Princípios de Execução.

As Organizações Formais e o Tipo Ideal de Burocracia foram exemplificados por Max Weber, dividindo a administração em sete princípios fundamentais. A Formalização consistia em manifestar por escrito cada atividade de uma organização. A Divisão do Trabalho consistia em estabelecer um cargo para cada função. A Hierarquia consistia em estabelecer a função hierárquica que cada cargo tem em relação a outro. A Impessoalidade consistia na definição de que cargo e pessoa são coisas distintas. A Competência Técnica consistia na escolha da pessoa que ocupava o cargo, obedecendo os requisitos técnicos e capacidades para a execução de cada tarefa. A Separação Entre Propriedade e Administração consistia em delimitar a propriedade dos donos e dos administradores da organização, fazendo com que os meios de produção não fossem encarados como suas posses pessoais e sim pertencentes à organização. E a Profissionalização do Funcionário consistia em determinar que o funcionário conhecesse todos os conceitos anteriores. Para Weber a Administração Burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação, possibilitando o exercício da autoridade e a obtenção de obediência.

Estudando a Escola Clássica, temos a visão das bases iniciais da administração moderna, nos mostrando o quanto esses estudiosos eram atemporais em suas concepções. A Escola Clássica defendia a organização formal. Não deixando de entender que a Escola Clássica era fundamentada na mecânica impessoal, na produção de regras e seus regulamentos, o foco era no trabalho e nas necessidades econômicas dos trabalhadores, tentando maximizar as recompensas, baseando-se na ordem e na racionalidade. Ou seja, Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar (POCCC). Essa visão de trabalhador como uma peça, uma máquina de trabalho, da organização acabou produzindo a alienação no trabalho e insatisfação dos trabalhadores.

Fontes:

Adriane Dalmolin, Ercilia Teresio de Oliveira, Taís Suzani Zucco, Liliane Canopf, Nayara Caroline Almeida Lora – Teoria Clássica da Administração e sua utilização na Administração Moderna
http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/SysScy/article/viewFile/103/38

Filipe Bezerra – Escola Clássica da administração Científica
https://www.portal-administracao.com/2013/12/escola-classica-administracao-cientifica.html

Alexandre Porto – Introdução à Escola Clássica de Administração Científica
https://administradores.com.br/artigos/introducao-a-escola-classica-de-administracao-cientifica

Mariana Lorenzo – Escola Clássica da Administração
https://marianaideiasforadacaixa.files.wordpress.com/2011/04/escola-clc3a1ssica-da-administrac3a7c3a3o.pdf

Colunista Portal Educação – Comparação entre as Escolas Clássicas e das Relações Humanas
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/comparacao-entre-as-escolas-classicas-e-das-relacoes-humanas/44123

Antonio Cesar Amaru Maximiano – A importância da Escola Clássica da Administração
https://gennegociosegestao.com.br/escola-classica-da-administracao-importancia/

Tiago Leal – Teoria Clássica da Administração segundo Henri Fayol
https://administradores.com.br/artigos/teoria-classica-da-administracao-segundo-henri-fayol

Waltter Júnior – Abordagem clássica da administração
https://www.estudoadministracao.com.br/ler/18-11-2014-abordagem-classica-idalberto-chiavenato-administracao-publica/



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